sexta-feira, 16 de julho de 2010

A possível volta do diploma de jornalistas não foi bem tratada na midia



Reproduzo aqui uma parte do artigo da Adnews que mostra como os jornais estão tratando essa possível olta da exigência do diploma de jornalistas.

A volta do diploma de jornalismo
16/07/2010
A imprensa volta a falar de jornalismo nesta quinta-feira [15/7]. Embora timidamente, os jornais noticiam que a volta da obrigatoriedade do diploma para exercício do jornalismo foi aprovada em comissão especial na Câmara dos Deputados. Em votação simbólica, os deputados ratificaram o parecer do relator Hugo Leal (PSC-RJ) que acompanha a proposta de emenda constitucional encaminhada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
O Estado de S.Paulo foi o mais econômico na notícia, com uma nota minúscula na editoria nacional. A Folha de S.Paulo e O Globo deram mais espaço para o assunto, mas também não foram generosos.
Agora o projeto terá que passar pela votação em dois turnos na Câmara e, se aprovado, vai para o Senado, onde já existe uma emenda semelhante à espera de tramitação. Mas a proposta não terá encaminhamento fácil. As principais entidades que representam as empresas de comunicação já se manifestam contra e anunciam que, se o Congresso aprovar o retorno da obrigatoriedade do diploma, irão recorrer novamente ao Supremo Tribunal Federal.
Campanha
Como se sabe, uma decisão do STF, em junho de 2009, revogou a exigência do diploma para jornalistas, após campanha acirrada das empresas de mídia, lideradas pela Folha de S.Paulo. O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais, citado pela Folha, já se antecipou em condenar a votação da comissão especial da Câmara, afirmando que a decisão do Supremo Tribunal Federal foi adequada. Repetindo argumento fartamente utilizado durante a campanha contra o diploma, o executivo da ANJ afirmou que "precisamos de boas escolas de jornalismo, não de regulamentação da profissão".
O texto aprovado nesta quarta-feira [14/7] torna obrigatórios o diploma e o registro profissional, legalizando os títulos obtidos por estudantes que concluíram o curso de jornalismo e registraram o diploma entre junho de 2009 e a data futura da promulgação da nova regulamentação.
Mas ainda há um longo caminho até esse dia.
Se os jornalistas e os estudantes de comunicação não se mobilizarem, essa data nunca vai chegar.
...Qualidade
Nada impede, por outro lado, que as empresas de comunicação, tão ciosas da inteireza do jornalismo que oferecem ao público, continuem lutando para melhorar a qualidade do ensino nas faculdades. E não apenas de jornalismo, mas também nas escolas de medicina, de economia, de direito, bem como nos centros de pesquisa, na educação básica e no ensino médio.
O que não se pode tolerar, principalmente vindo de uma instituição que vive apregoando a defesa da liberdade de opinião e de expressão, é a ameaça de recorrer ao Supremo Tribunal Federal na eventualidade de o Congresso Nacional entender como correto legislar sobre a regulamentação da profissão de jornalista.
O respeito às atribuições dos poderes constituídos é essencial ao bom funcionamento da democracia.
Por Luciano Martins Costa. Observatório da Imprensa

2 comentários:

  1. quem é o congresso nacional? que opinião mais infundada. estude e tenha qualidade, e concorra com os não-estudados para demonstrar pelos fatos, e não por silogismos chorões e super parciais, que o diploma é necessário.

    ResponderExcluir
  2. Toda opinião eh bem vinda neste blog e na democracia.

    ResponderExcluir