Está lançada a polêmica. O governo federal mandou para o Congresso um projeto de lei contra as chamadas "palmadas pedagógicas", aquelas que a maioria dos pais brasileiros dá nos filhos pra botar a garotada na linha. A proposta proibe castigos corporais e "tratamento cruel ou degradante" contra crianças e adolescentes. E prevê desde advertência até orientação psicológica para os pais que desrespeitarem a lei. Para entrar em vigor, ela ainda precisa ser aprovada na Câmara e no Senado. Detalhes no Estadão.
Lula não inventou a roda. 23 países no mundo já têm essa proibição. O último a vetar por lei as palmadas foi Portugal, em 2007. Lula disse que, se bater no filho resolvesse, o Brasil não teria tanta gente presa. Concordo.
Entidades contrárias às punições corporais infantiz dizem que apanhar da pessoa que a criança mais gosta e admira, no caso os pais, pode gerar traumas. Eu confesso que tomei palmadas várias vezes dos meus pais, quando pequeno, e fiz o mesmo com minha filha quando ela fazia artes. Sempre me arrependi depois, conversamos e os dois pedimos desculpas pelos erros. Eu não fiquei traumatizado. Parece que ela também não está.
Por outro lado, gosto muito da idéia de "conversar para educar". Mas na prática, vamos precisar de um choque cultural muito forte para aprender a educar diferente, só no papo. De coração, não gosto de ver criança apanhando mesmo.
Acredito faltar discernimento para diferenciar o espancamento do chamado "tapinha educativo". Querer legislar sobre tradições familiares, sobre valores próprios é invadir a privacidade. Falta priorizar as coisas. Quando tivermos educação, saúde e segurança de qualidade, aí sim, poderia o governo e congressistas discutir amplamente esses temas com a sociedade
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