quinta-feira, 18 de março de 2010

Dia 21, 47 anos de histórias

Johann Sebastian Bach, Gary Oldman, Roger Hodgson, do Supertramp, Ayrton Senna da Silva e Ronaldinho Gaúcho. Essas feras nasceram no dia 21 de março. Mas como você não é amigo deles, pode mandar os parabéns pra mim mesmo.

E eu nasci no dia 21 de março de muito tempo atrás. Filho de um casal pra lá de apaixonado, daqueles de novela. Eles resistiram bravamente aos desmandos de um pai, que mudava a família de cidades para impedir o casamento da filha com um rapaz pobre. Venceu o amor. Os dois estão junto até hoje. Viva!!
1963: nasci no ano em que Maurício de Souza criou sua personagem mais brava e charmosa: a Mônica.
Quando tinha 1 ano, o Brasil viveu o golpe militar de 64. João Goulart foi deposto e o Congresso Nacional elegeu Castelo Branco presidente da república.
Em 65, fiz 2 anos e os Beatles explodiam com Ticket to Ride, sucesso que minha filha adora.
Aos 5 anos, fui ao enterro de Assis Chateaubriand, levado pela doida da minha querida avó, que era fã do criador da TV Tupi e Diários Associados.
Com 7 anos, vi a primeira transmissão de tv em cores no Brasil: a copa do mundo de 1970.... Nascia, nesse ano, Andréa minha mulher...
Em 1973, a gente assistia Vila Sésamo. Enio e Beto em preto e
branco...Sonia Braga era uma mocinha.
Aos 12 anos, babe, fui ao show de Elis Regina no teatro Bandeirantes. Show Falso Brilhante ao vivo, moleque!!
Em 76, assisti Saramandaia, uma das novelas mais criativas da Globo. Homem com asas, gorda que explodiu e homem que soltava formigas pelo nariz. Doidera do Dias Gomes.
Aos 14 anos, em 77, me divertia nas discotecas o Night Fever, dos Bee Gees, e nos cinemas com Embalos de John Travolta.
No mesmo ano, vi pela tv o mundo chorar a morte de Elvis.
Em 1980, chorei de novo quando o governo militar mandou lacrar os transmissores da TV Tupi, onde sonhei trabalhar desde menino.
Até essa época a gente transava tranquilo, sem camisinha... Não existia a Aids ainda... Imagina?
A gente namorava nos cinemas assistindo Em Algum Lugar do Passado, Fama e O Homem Elefante...
Em 1981, vibrei de emoção: a festa de 18 anos foi no show do Queen, com meus amigos de infância no Estádio do Morumbi.
Vi também naquele ano a estréia da saudosa TV Manchete, onde mais tarde daria meus primeiros passos na televisão.
Em 85, torci nas ruas pelas diretas já e chorei com o Brasil a morte de Tancredo Neves anunciada na tv.

Em 87, já jornalista formado, ouvi as perólas de Jânio Quadros na prefeitura de São Paulo.
Comecei a trabalhar na Rádio Globo Excelsior de São Paulo, onde apertei a mão de Chacrinha. Ele tinha programa lá.
Não existia computador na época. Tudo era gravado em fita e editado na gilete. A gente fumava, usava barba e cabelo Chitãozinho. Kkkk  Foi assim que Andréa me conheceu... e gostou.. (rs)
Em 88, vi a festa da nova Constituição Brasileira promulgada no Congresso.
E assisti à primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula Um. A gente acordava cedo no domingo só pra torcer.
Em 1991, assisti à vitória de Ayrton Senna ao vivo em Interlagos. E escrevi, com pesar, o texto que anunciou no rádio a morte de Freddie Mercury.
Logo em seguida fui para a televisão, na Manchete. Lá cobri ao vivo o Carnaval da Manchete! Experiência impagável e inesquecível.
Fiquei puto ao perder os shows de Madonna e Michael Jackson em SP em 93. Estava na Manchete e no jornal do Boris, no SBT, e não sobrava tempo.
Em 94 viví o jornalismo show do Fantástico e o então jornalismo cidadão da TV Cultura, sem abandonar a Manchete.
Em 97 casei com Andréa.
Em 99 vi o necerramento da Manchete entrar pela última vez no ar. Fui pra tal RedeTV, que comprou a emissora e até hoje enrola na justiça pra pagar nossos direitos trabalhistas.
Em 2000 virei a página. Fui para o SBT e nasceu Lorena, meu presente de Deus.
Em 2004, viemos para Brasília pela TV Cultura.
Em 2006, mudamos pra casa que construímos no meio do mato.


Em 2008, a Band me chamou. E o resto você acompanhou.
Nosso jornal ganhou prêmio de Melhor Programa de TV do DF em 2009.
Ao contrário do que disse Raul Seixas, eu não nasci há 10 mil anos atrás, e tem muita coisa nesse mundo que eu não sei demais. Mas quero conhecer.

5 comentários:

  1. Meu amigo. Parabéns.
    A vida é mesmo Bella.
    Abração.

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  2. Rinaldo, antecipadamente te desejo muita paz , saúde e felicidade. Que Deus te proteja em todos os momentos de sua vida. Parabéns.Um grande abraço. Beijo para Andréa e Lorena.

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  3. Rinaldo,que delícia de blog e melhor ainda a forma que postou seu perfil...isso aí..já pensou se todos nesse lindo país tivessem acesso à cultura e mais notícias boas?? Que os jornais, sangrassem menos? Qua a Lorena e suas amigas pudessem sair a qualquer hora sem que vc arrancasse os cabelos restantes de tanta preocupação?? Mas ainda não perdi de todo a esperança...podemos ser notícia boa, d'accord? Parabéns a vc, muitos anos iluminados, repletos de boas novas!Eliane Morgado,amiga do Gustavo Richter, Patos de Minas- MG.

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  4. Rinaldo, eu também nasci em 63, assisti à Copa de 70 em PB e comemorei com a Kombi do meu pai circulando pela rua da Consolação... hehehe
    Eu também adorava o Enio e o Beto, também sou do tempo sem Aids, também trabalhei com máquina de escrever e editei matéria na gilete... hahaha Lutei pelas diretas, mas não chorei pelo Tancredo. Chorei pelo Senna. E, por fim, mudei para Brasília, mas voltei correndo porque não gostei. Preciso, mesmo, é da Paulicéia Desvairada, onde conheci você, lá na Excelsior. A Andréa já foi em tempos de CBN. É a vida, e é bonita! Que você continue escrevendo essa sua história com muito amor, Andréa e Lorena, e notícias ótimas. Beijos

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  5. Gerson Luiz Belchior22/3/10 00:27

    Cara, muito 10 o seu post de aniversário. Melhor ainda poder ter acompanhado muito desta sua trajetória de sucesso. Desde aqui, quando vc ainda morava em Santo André, até Brasília.
    Cara muito sucesso (sim, mais ainda) nesta sua jornada, abraço forte em vc, na Andréa e na Lorena.

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