quinta-feira, 30 de junho de 2011

Audrey Hepburn: Hollywood comemora 50 anos de Bonequinha de Luxo, com versão digital

Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood celebrará os 50 anos da estreia do clássico Bonequinha de Luxo, Breakfast at Tiffany's, com uma versão restaurada do filme em formato digital,  informou a Academia. 
A exibição será no dia 29 de julho, no teatro Samuel Goldwyn, em Beverly Hills, Estados Unidos.
O clássico, protagonizado por Audrey Hepburn e George Peppard, estreou no dia 5 de outubro de 1961 em Nova York, cidade onde acontece a história de amor entre os personagens.
O drama encanta até hoje e a beleza atual de Audrey Hepburn ainda surpreende. Veja:



Andréa, minha mulher, é fã de Audrey e escreveu:

Em dias de puro saudosismo revi o filme “Bonequinha de Luxo” ou Breakfast at Tiffany's . Eu não sei explicar a magia, que não está no glamour. Por incrível que pareça o encanto está na simplicidade.
Simples e ao mesmo tempo sofisticado, e mais uma vez não é pelo estilo impecável de Audrey no longa-metragem, com óculos escuros grandes, vestidos da Givenchy, pérolas e boquilha para fumar cigarros que deu o tom da moda nos anos 60. 
A garota da Tiffany's ensaiava ser fútil, mas era independente, eu diria autosuficiente, mesmo sendo fanática por festas de alta sociedade, sustentada por homens ricos o que a tornava de fato uma garota de programas de luxo. Tudo isso até encontrar o escritor Paul ou “Fred”, sustentado pela amante, e que a vira do avesso, com seu charme, e faz Holly se encontrar com o seu passado e a sua verdade. Quando faz isso ela se apaixona e daí vira um conto de fadas com final feliz.
Pra mim a melhor cena é quando Holly, despojada do glamour, toca seu violão (Audrey toca mesmo na cena acima). E com uma doçura, cantando Moon River . Não canso de rever.
O filme teve cinco indicações ao Oscar. Levou as estatuetas de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção, por Moon River, criada por Henry Mancini. É uma adaptação do romance homônimo escrito por Truman Capote e
Alguns elementos da personagem Holly no livro de Truman Capote, como sua suposta bissexualidade, foram omitidos no filme, na intenção de tornar a personagem mais adequada para Audrey Hepburn. 
Além disso, diversas passagens do livro não constam no filme, como a época em que ela divide apartamento com Mag Wildwood. O personagem do escritor também foi bastante modificado do livro para o filme, sendo que, na obra escrita por Capote, ele era homossexual e não contava com suporte financeiro de nenhuma amante.
Sem dúvida, a atuação de Audrey é ímpar. Com a delicadeza peculiar e tem muito da própria vida dela. Belga e nascida em berço de ouro, Audrey Kathleen Ruston era filha de um banqueiro e de uma baronesa, daí a explicação para a sua elegância natural. E vou além: ela tinha uma nobreza de alma também . Durante a Segunda Guerra passou fome e teve que se reinventar pra sobreviver. Queria ser bailarina, mas foi recusada e partiu para ser corista na Broadway e foi aí que a decepção se transformou em sonho. Audrey fez seu primeiro filme com Gregory Peck e ainda levou o Oscar.
Na luta por melhores condições foi Embaixatriz da Unicef e viajou por muitos países, no trabalho de ajuda humanitária. Morreu aos 63 vítima de câncer. O último papel foi uma participação em Além da Eternidade. Audrey Hepburn é a terceira maior lenda feminina do cinema. Pra mim, ela é a primeira.
(Andréa Fassina)

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