SBT sai na frente: mostrará primeiro beijo gay das novelas brasileiras

Nem Globo, nem Record. O tabu será quebrado pelo SBT. O primeiro beijo gay das novelas brasileiras será mostrado pelo canal de Sílvio Santos, em Amor e Revolução. A nova novela estréia nesta amanhã, terça-feira, às 22h15.
A cena já foi gravada e será protagonizada por Luciana Vendramini e Gisele Tigre. O autor Tiago Santiago garantiu à coluna Zapping, da Folha, que o beijo não será vetado. Detalhes no Adnews.
Amor e Revolução terá como pano de fundo, além da violência e do drama dos anos de chumbo, personagens bissexuais e homossexuais. Por conta do tema, a novela convidou personagens reais daquela época para darem testemunhos. Uma delas foi a presidente Dilma Rousseff. Vários depoimentos serão exibidos ao longo da atração, entre eles os de duas ex-companheiras de prisão de Dilma: Ana Bursztyn e Rose Nogueira.
Na minha humilde opinião é bom sim que se mostrem beijos homossexuais na televisão. Não importa se nossos filhos vão ver e como vão encarar. Pode ser um bom momento pra família tocar no assunto, conversar, e explicar que cada pessoa nasce de um jeito, tem suas preferências, inclusive sexuais, e tem o direito de ser respeitada por todos do jeito que é.
Quem sabe assim, mostrando logo o beijo gay na tv, as pessoas parem de matar homossexuais, como se fossem alienígenas, ou monstros da natureza. Ouvi há pouco no rádio que o número de gays assassinados em 2010 subiu 31% em relação a 2009.
O Brasil registrou 260 casos de homicídios contra gays e travestis no ano passado, ou seja, em média, um homossexual foi morto no País a cada um dia e meio. Em relação aos números de 2007, o crescimento foi maior ainda: 113%.
Os dados são da ONG Grupo Gay da Bahia, que contabiliza esses crimes anualmente, a partir de registros na imprensa e de informações enviadas à entidade.

E a Bahia foi o Estado que registrou o maior número de casos, pelo segundo ano consecutivo, com 29 assassinatos (15 gays e 14 travestis), seguido por Alagoas (24 casos), Rio de Janeiro e São Paulo (23 casos cada). Detalhes no Último Segundo.
260 mortes por homofobia, ódio, preconceito, em pleno ano de 2011? Isso é uma vergonha, como diria o Boris. Ou mais que isso: muita maldade, intolerância e ignorância. Ponto final.