sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra: Zumbi dos Palmares


Preconceito escraviza todo mundo. Não tem cor.
O dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi do Palmares, está sendo lembrado em várias partes do Brasil. Para os jovens leitores desse blog, coleguinhas da minha filha no colégio Sigma, eu relembro:  Zumbi foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Ele liderou o Quilombo dos Palmares, uma comunidade que chegou a ter 30 mil negros, escravos fugitivos de fazendas, engenhos de açúcar de Pernambuco. Lá eram livres e podiam ser eles mesmos, com a cultura que trouxeram da África, de onde foram retirados a força e trazidos empilhados em navios como escravos.
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas em 1655.  Ainda criança foi aprisionado por soldados e dado ao padre Antonio Melo, que o batizou com nome de Francisco e ensinou a ler e escrever em português e latim. Já alfabetizado, Zumbi se tornou guerreiro e organizador militar na luta contra soldados portugueses que tentavam dominar a região. Mais tarde lutou contra a decisão do governo da capitania de Pernambuco, que queria libertar apenas parte dos negros. Foi morto em  20 de Novembro de 1695, depois de ser denunciado por um antigo companheiro. Zumbi foi preso e degolado.
O Quilombo dos Palmares ficava na região da Serra da Barriga, que hoje faz parte do município de União dos Palmares, em Alagoas


A data da morte de Zumbi, 20 de novembro, é conhecida desde a década de 60, mas só começou a ter maior destaque e movimentação social há alguns anos, até por conta da instituição de um feriado no dia, em algumas regiões brasileiras.
É mais um dia pra lembrar que o homem não se difere pela cor, nem pela etnia, pela preferência sexual, nem pela religião. Todos vivemos e morreremos quando o coração começa ou para de bater. Todos!
Essas datas servem pra tentar por um ponto final na intolerância, no preconceito, na ignorância da humanidade.
Aquela história dos garotos que sangraram o rosto de outros garotos em plena Avenida Paulista, no fim de semana, ainda não me desceu pela garganta. Com que direito alguém agride outra pessoa porque não gosta do jeito dela, da cor dela, da opção sexual dela? Cada um que cuide da sua vida!
E ainda em São Paulo, uma das maires capitais do mundo! Em que tempo estamos?
Os intransigentes foram para cadeia e para a nova Febém, onde infelizmente ainda não vão aprender a ser gente de verdade. Imagens das câmeras de segurança mostram a frieza como eles agiram. E a pobre da mãe de um deles deu a cara a tapa na televisão dizendo que eram rapazes de bem, estudiosos, que jamais fariam isso...

3 comentários:

  1. Que tal trocar o termo 'raça' por etnia?
    Afinal pertencemos todos à raça humana... e aqui no nosso país somos multi-étnicos...

    Beijinho,
    Roseliane

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  2. obrigado, Rose. Devidamente trocado o termo. bjs

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  3. falar do Zumbi

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